quarta-feira, maio 20, 2015

Teoria dos Traços Catalisadores II


Observação passiva
Grande parte dos grafólogos diz que necessitamos realizar a observação passiva antes de iniciarmos uma análise grafológica. O grafólogo se “desliga de tudo” e mantém a concentração total no grafismo que vai se analisado. Este procedimento dura em torno de 2 minutos.
Em seu livro Grafología Teórica Y Metodológica, o professor Jaime Tutusaus Lóvez, faz uma brilhante explanação sobre a o trabalho de “interpretação prática do grafólogo”. (reputo este livro como obrigatório para os grafólogos)

O renomado autor ainda discorre sobre o método clínico de diagnóstico grafológico:
“O Método Clínico utiliza a chamada “psicologia compreensiva e participativa”, imediata (Einfuhlung) que se baseia na intuição versátil, empática, multifacetada, feita de estimativas controladas para o conhecimento coerente dos processos psíquicos do homem. A intuição (“insight”) é uma compreensão direta, global e repentina da organização espontânea do conjunto unitário”. Pág. 244.

Na escola alemã destaca a importância da Primeira Impressão Geral no grafismo. Nela o grafólogo vai sintetizar a integração do Espaço, Forma e Movimento.

Poderia me estender por várias páginas relatando os mais diversos autores sobre a importância deste tipo de observação. O que desejo agregar aqui é a estado que os japoneses chamam de Mushin.
Observem alguns trechos do texto: http://en.wikipedia.org/wiki/Mushin

Mushin (無心; Japanese mushin; English translation "no mind") is a mental state into which very highly trained martial artists are said to enter during combat.

The mind could be said to be working at a very high speed, but with no intention, plan or direction.

However, mushin is not just a state of mind that can be achieved during combat. Many martial artists train to achieve this state of mind during kata so that a flawless execution of moves is accomplished — that they may be achieved during combat or at any other time.
Voltei. Para compreender veja o vídeo:
O guerreiro não compreende os movimentos dos oponentes, a mente está ocupada por inúmeros pensamentos.

Aqui o samurai se antecipa aos movimentos dos demais. Ele sabe o que os outros os movimentos que os adversários vão realizar.


Acredito que se o grafólogo tiver grande experiência, uma biblioteca mental com mais de mil escritas estudadas e entrar neste estado, certamente vai conseguir prever outros MOVIMENTOS na escrita. O “combate” já está delineado em seus pensamentos. A simples observação da escrita, mesmo que somente por alguns segundos e a fixação em somente um sinal, vai internalizar “toda” escrita de forma inconsciente.

Reconheço, mais uma vez, que posso estar exagerando, talvez. Por minha experiência, tenho certeza que com treinamento o aluno pode aprender isto na grafologia.
Tempo de aprendizagem: sim, entre dez e quinze anos, acompanhado por um grafólogo experiente. Ou mais.

Sem esquecer que o grafólogo vai ter que estudar normalmente as teorias de grafologia e realizar análises para atingir este estado. 

Na terceira parte, vamos estudar como “fatiar fino”.







Paulo Sergio de Camargo
Grafologia - Linguagem Corporal
0xx 11 99343 6988

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