Teoria dos Traços Catalisadores II
Observação passiva
Grande
parte dos grafólogos diz que necessitamos realizar a observação passiva antes
de iniciarmos uma análise grafológica. O grafólogo se “desliga de tudo” e
mantém a concentração total no grafismo que vai se analisado. Este procedimento
dura em torno de 2 minutos.
Em seu
livro Grafología Teórica Y Metodológica, o professor Jaime Tutusaus Lóvez, faz
uma brilhante explanação sobre a o trabalho de “interpretação prática do grafólogo”. (reputo este livro como obrigatório para os grafólogos)
O renomado autor ainda discorre sobre
o método clínico de diagnóstico grafológico:
“O Método Clínico utiliza a chamada
“psicologia compreensiva e participativa”, imediata (Einfuhlung) que se baseia
na intuição versátil, empática, multifacetada, feita de estimativas controladas
para o conhecimento coerente dos processos psíquicos do homem. A intuição
(“insight”) é uma compreensão direta, global e repentina da organização
espontânea do conjunto unitário”. Pág. 244.
Na
escola alemã destaca a importância da Primeira Impressão Geral no grafismo.
Nela o grafólogo vai sintetizar a integração do Espaço, Forma e Movimento.
Poderia
me estender por várias páginas relatando os mais diversos autores sobre a
importância deste tipo de observação. O que desejo agregar aqui é a estado que
os japoneses chamam de Mushin.
Observem
alguns trechos do texto: http://en.wikipedia.org/wiki/Mushin
Mushin (無心; Japanese mushin; English translation "no mind") is a mental state into which very highly
trained martial artists are said to enter during combat.
The mind
could be said to be working at a very high speed, but with no intention, plan
or direction.
However,
mushin is not just a state of mind that can be achieved during combat. Many
martial artists train to achieve this state of mind during kata so that a
flawless execution of moves is accomplished — that they may be achieved during
combat or at any other time.
Voltei.
Para compreender veja o vídeo:
O
guerreiro não compreende os movimentos dos oponentes, a mente está ocupada por
inúmeros pensamentos.
Aqui o
samurai se antecipa aos movimentos dos demais. Ele sabe o que os outros os
movimentos que os adversários vão realizar.
Acredito
que se o grafólogo tiver grande experiência, uma biblioteca mental com mais de
mil escritas estudadas e entrar neste estado, certamente vai conseguir prever
outros MOVIMENTOS
na escrita. O “combate” já está delineado em seus pensamentos. A simples
observação da escrita, mesmo que somente por alguns segundos e a fixação em
somente um sinal, vai internalizar “toda” escrita de forma inconsciente.
Reconheço,
mais uma vez, que posso estar exagerando, talvez. Por minha experiência, tenho
certeza que com treinamento o aluno pode aprender isto na grafologia.
Tempo
de aprendizagem: sim, entre dez e quinze anos, acompanhado por um grafólogo
experiente. Ou mais.
Sem
esquecer que o grafólogo vai ter que estudar normalmente as teorias de
grafologia e realizar análises para atingir este estado.
Na
terceira parte, vamos estudar como “fatiar fino”.
Paulo
Sergio de Camargo
Grafologia - Linguagem Corporal
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