Teoria dos Traços Catalisadores I
A
questão aqui apresentada não deixa de ser polêmica. Partindo de uma hipótese e
depois de estudá-la de modo científico é que chegamos à determinada conclusão.
A
hipótese apresentada deve gerar alguns bons questionamentos, mas pela minha
experiência até o presente momento e pela quantidade de casos estudados, tenho
certeza que estou no caminho certo.
Questão:
Será
que ao observar apenas um traço no texto, nada mais que um traço, o grafólogo
experiente pode relatar todo o perfil grafológico e psicológico do escritor.
Em
outras palavras, numa rápida visão e observando apenas um traço o grafólogo
pode descrever outros possíveis traços grafológicos que irão aparecer na
escrita? E sem observar mais nada traçar o perfil psicológico do escritor?
Caso 01. A ficção.
Há
anos assisti ao filme “Caçada ao Outubro Vermelho”. Mostrava os ecos finais da
Guerra Fria. Todavia uma cena me impressionou e a guardei durante anos. Numa
cena o operador de sonar olha a tela do aparelho e não vê nada, mas diz ao
capitão do submarino que o submarino russo estava em determinado ponto. O
capitão retruca ao marinheiro, se vai acreditar nele ou em um aparelho que
custa milhões de dólares e demorou anos para ser desenvolvido. O capitão acredita no marinheiro - que por sinal estava certo.
Assista o final da cena:
https://www.youtube.com/watch?v=y7g6dKncO-I
Em espanhol veja a cena: https://www.youtube.com/watch?v=vMeJNUllPtg 42.04 seg. e 44.00
Em espanhol veja a cena: https://www.youtube.com/watch?v=vMeJNUllPtg 42.04 seg. e 44.00
Caso 02. A realidade
São
Paulo, Capital.
Um
experiente radiologista observa a radiografia dos pulmões da paciente e conclui
que existe em determinado local um ponto escuro e que precisa ser avaliado com
mais intensidade. Todavia outro três especialistas não observam nada naquele
Raio X. Dois médicos radiologistas e um pneumologista são chamados para observar
a chapa. Nenhum dos três consegue ver o referido ponto.
- Mas
estou vendo ele aqui! Diz o radiologista.
-
Então vamos fazer uma tomografia computadorizada.
Evidente
que pelo teor do artigo todos vocês já estão cientes dos resultados da
tomografia computadorizada.
Exatamente.
O referido ponto escuro e preocupante existia e estava exatamente lá onde o
radiologista apontava.
Caso 03. A pesquisa científica
Malcolm
Gladwell cita em seu livro “O que se passa na cabeça dos cachorros”, Ed.
Sextante, a pesquisa da psicóloga experimental de Harvard, Nalini Ambady feita
em conjunto com Robert Rosenthal. (http://en.wikipedia.org/wiki/Nalini_Ambady
-http://en.wikipedia.org/wiki/Robert_Rosenthal_(psychologist)
Nalini
deu aos alunos (que não tinham avaliado os professores) um vídeo mudo de 10
segundo para avaliarem os professores em sala de aula. Não apareciam alunos no
vídeo. Os alunos não tiveram dificuldades em avaliar 15 (quinze) traços de
personalidade dos professores.
Depois
reduziu para 5 segundos e finalmente para 2 segundos. As correlações destas
avaliações foram comparadas com as feitas pelos alunos que participaram das
aulas durante todo o semestre. As correlações entre as avaliações são
espantosas.
O
aluno sem conhecer o professor, avaliou em dois segundos da mesma maneira que
aquele que participou de aulas durante todo o semestre.
Caso 04. Grafologia
Há
anos me mostraram uma escrita sem assinatura para eu dizer algumas
características da personalidade da pessoa.
O
observar a escrita, numa fração de segundos me concentrei em apenas uma letra:
A
letra inicial E grega.
Em
raro momento de despreocupação e autoconfiança, avaliei que não precisava mais
de nada, apenas aquela letra me deu o perfil do escritor. Discorri, entre
outras características que era alguém culto, sensível, extremamente ligado as
artes, a cultura etc. Tratava-se de uma pessoa realmente singular, um artista
nato no sentido da palavra.
Durante
alguns anos me perguntei como cheguei àquelas conclusões precisas sobre Carlos
Drummond de Andrade.
Questões posteriores
Depois
de várias experiências, tive certeza que poderia avaliar, em determinados
casos, uma escrita somente por meio de um traço e com boas doses de acerto.
Aqui é
bom de ressaltar o seguinte: ao olhar a escrita por menos de um segundo e me
fixar apenas em um traço e depois não observar mais a escrita; certamente meu
subconsciente já internalizou toda escrita em si.
Minha questão posterior foi pergunta:
Será
que isto pode ser ensinado aos alunos?
Nos
próximos artigos vou tentar definir o que são traços catalisadores e como
observá-los. De antemão digo que não existem traços catalisadores em si, mas
traços que pela dinâmica da escrita se tornam catalisadores.
Para quem deseja se adiantar:
A
estátua de Kouros
Fatiar
fino
Mais
ainda
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