segunda-feira, junho 19, 2017

Grafologia, jazz, xadrez, movimentos etc.
Como ser um bom grafólogo.


Prólogo
Há anos coloco alguns posts no Facebook e adjacências, são filmes pequenos, clipes etc. Outras vezes postos algumas fotos de bailarinas ou animais caminhando. Digo que é uma aula de grafologia.
Ao escrever:
- “Se você não acha que isto é uma aula de grafologia, você não é grafólogo.”
Talvez, seja um exagero e certamente talvez seja, mas existe um fundo de verdade. Estudar somente grafologia e não analisar a escrita dentro de um contexto social, universal etc., não faz do profissional um mal grafólogo, ao contrário. Todavia tira dele o potencial de ser muito, muito, mais... infinitamente melhor.
Ao estudar as mais variadas técnicas de dança, o grafólogo começa a compreender o movimento expressivo em sua totalidade. Não por outra Allport e Vernon em seus estudos sobre os movimentos expressivos, na Universidade de Harvard;  relacionam a grafologia, a dança, ao caminhar, falar etc.
Para Pulver:
-O grafólogo é um tradutor de movimentos.”
Então, temos que estudar movimentos, qualquer que seja, pois eles são a “alma da escrita”.
Não só movimento, muitas coisas mais. Inclusive a Teoria do Caos. E o que a Teoria do Caos tem com a grafologia? Este é um artigo para depois.
Voltemos ao título deste artigo. (no final cito as fontes do artigo)



Martim Vasques da Cunha, escreve no Estadão do dia 03 Junho 2017, que o músico francês Pierre Boulez escreveu no ensaio Alea que busca pela verdadeira surpresa, não por meio do “acaso por inadvertência” ou “por automatismo”, e sim numa absorção espontânea do aleatório que faria a obra de arte superar o intelecto e provocar uma comunicação intuitiva que permitiria ao espectador entender a intenção original do artista.
Na interpretação da escrita, além da palavra surpresa (a intepretação da personalidade muitas vezes nos surpreende), poderia acrescentar ou trocar pelas palavras “descoberta e/ou intepretação”.  Tente fazer disto um link com a grafologia.

Vamos mais adiante:
Quando jovem, Kubrick preocupava-se somente com três atividades que envolviam o acaso: o xadrez, o jazz e a fotografia. Para Kubrick, o que lhe interessava no xadrez era o cálculo das probabilidades, dentro de uma determinada estrutura (o tabuleiro e as peças), e como ele poderia surpreender a si mesmo em uma situação inusitada.
O jazz atingia níveis extremos de improvisação, mesmo determinada pelas notas ou acordes, o que lhe permitia perceber o instante mágico em que ficava nítida a ousadia do compositor. E, na fotografia, a procura pelo “momento decisivo” (termo de Henri Cartier-Bresson) no gesto ou olhar de uma pessoa era similar à busca da “verdadeira surpresa” de Boulez.

Então o que faz o grafólogo:
As possibilidades de combinação entre gêneros e espécies são infinitas. Agregue a isto a evolução da escrita com o surgimento de novos traços, novas formas etc.
O grafólogo necessita pensar nas possibilidades que estas combinações trazem. Não por outra que uma das chaves dos principais mestres em obras são estas combinações. Vive Jamin, Moretti, Klages, Pulver, Xandró, Tutussaus, Vels etc.
A grafologia pode e deve utilizar a estatística como ferramenta, mas não com a frio cálculo matemático que desejam alguns teóricos, e sim com instrumento de interpretação e reconhecimento que existe algo mais para ser interpretado na avaliação dos números.  Sem isto ficamos no “acaso por inadvertência” ou “por automatismo”, proposto por Pierre Boulez.

O que é a escrita senão um conjunto de movimentos que nunca se repetem. Jamin dizia que a escrita totalmente mecânica é contra a natureza humano. Como no jazz a consecução dos movimentos e a improvisação são constantes. Disto teremos as mais incríveis variações, mas como no jazz, existem bom e péssimo instrumentistas. A escrita vai mais além, muito mais. Estudar e escutar jazz é entender a mas susceptíveis variações de ritmo, compasso, harmonia etc. Tudo isto não é tão novo assim, o grafólogo francês Raymond Trillat já elabora isto em seus estudos.



O métodoTrillat é pontos muito curiosos de vista a considerar. Desde a observação que ele chama de "quatro planos simultâneos no ato de escrever" a letra, palavra, linha e de página, a partir do estudo da margem central para os conceitos de ritmo, melodia e harmonia. Uma contribuição muito rica, honestamente. Fernando F. Ruiz.


A dimensão na interpretação da escrita, vai além da “fotografia”, fica ancorada no movimento, na sua interpretação; contudo vai além disto temos o traço, o espaço e a forma.
Como a forma é inserida o espaço, como o movimento se ajusta a forma e ao espaço, como modificam o traço e o traçado.
Não por outra que uma de minhas aulas de grafologia é um casal de bailarinos dançando tango em um tablado de três metros quadrado. O movimento rápido, a forma dos corpos e uso do espaço nos remete ao outro casal dançando tango em uma calçada em Buenos Aires.
Não precisa ser grafólogo para entender que a dança é o tango, mas que os movimentos expressivos totalmente diferentes, embora algumas vezes a intenção é que sejam os mesmos.
Na escrita ocorre o mesmo, a página é a mesma, o movimento, o espaço, o traço e a forma, embora muitas vezes parecidos, nunca são os mesmos: são movimentos expressivos totalmente diferentes. Cabe o grafólogo interpretar isto. E nada com estudar jazz, xadrez e movimento para a melhor compreensão da escrita.




Veja também:
http://www.grafoanalisis.com/ELSIMBOLISMODELESPACIO_GAUTHIER.htm


http://alias.estadao.com.br/noticias/geral,como-stanley-kubrick-usou-o-acaso-e-o-imprevisto-em-seus-filmes,70001823823
Post 153  05.2017 Linguagem corporal. Autoengano e mentiras Porque o Brasil vai sair pior da Lava-jato.
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Post 147. 05.2017 10 razões porque você precisa urgentemente aprender linguagem corporal.

Paulo Sergio de Camargo
Palestras – Cursos Linguagem Corporal –Treinamento de líderes  grafonauta@terra.com.br 
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