A
LETRA D E A CURVA DE FIBONACCI
Na
matemática, a Sucessão de Fibonacci (Sequência de Fibonacci), é uma sequência
de números inteiros, começando normalmente por 0 e 1, na qual, cada termo
subsequente corresponde à soma dos dois anteriores. A sequência recebeu o nome
do matemático italiano Leonardo de Pisa, mais conhecido por Fibonacci, que
descreveu, no ano de 1202, o crescimento de uma população de coelhos, a partir
desta. Esta sequência já era, no entanto, conhecida na antiguidade. (Wikipédia)
A
sequência de Fibonacci pode ser vista em toda natureza. As sementes das flores,
frutos e, de forma particularmente interessante, as pinhas, trazem no seu
escopo natural esta sequência. Os números são facilmente observados nos arranjos
de folhas do ramo de uma planta, no número de pétalas das flores etc.
Girassol
- as sementes preenchem o miolo dispostas em dois conjuntos de espirais: normalmente,
21 no sentido horário e 34 no anti-horário.
Reprodução
das abelhas - a sequência de Fibonacci descreve perfeitamente a reprodução das
abelhas.
Concha
do caramujo - cada novo pedaço tem a dimensão da soma dos dois antecessores.
Camaleão
– o rabo contraído é uma das representações mais perfeitas da espiral de Fibonacci.
Elefante
- se as presas de marfim crescessem sem parar formariam a curva de Fibonacci,
Ilíada -
está na razão entre as estrofes maiores e menores da ilíada.
Partenon
- a largura e a altura da fachada possuem a proporção de 1 para 1,618.
As
grandes pirâmides - cada bloco é 1,618 vezes maior que o bloco do nível acima.
Face –
nas faces harmoniosas, a divisão da distância entre o centro da boca e o
“terceiro olho” pela distância entre esse ponto e uma das pupilas bate no 1,618
A
curva de Fibonacci na escrita
Como aparecem
em milhares de criações da natureza, mas também e principalmente para nossos
estudados em criações humanas (Parternon, Ilíada etc.) é mais do que natural que
apareça na escrita, pois ela é uma obra essencialmente humana.
Quando iniciei
estes estudos, parti de duas hipóteses:
1. O
traço realizado de forma intencional, o autor conhece a curva e “resolver” executá-lo
na escrita.
Pouco provável.
2.
O
autor executa de forma não intencional.
Hipótese
mais provável. Todavia depois de muitas vezes cheguei a outra hipótese, embora o
autor execute de maneira intuitiva e não intencional, tem conhecimentos, trabalha
com a curva e conhece a curva. Desta forma, após assimilação o traço para a
compor a escrita. O símbolo se incorpora ao gesto. Neste caso tenho como
exemplo a escrita do escultor francês Auguste Rodin.
Evidente que outras hipóteses que podem ser traçadas, todavia centrei
os estudos na segunda.
Como
esta proporção (Fibonacci) é uma sucessão numérica, sempre é possível ver a
manifestação em muitos aspectos da natureza de maneira estética e funcional. Sem
entrarmos em maiores considerações, a base explicativa para a teoria criacionista
denominada Design Inteligente segue esta linha de análise.
Quando
isto for levado para o estudo das escritas, os traços indicam, portanto,
capacidade de estética e funcional, não por outra que o curva de Fibonacci
aparece em escrita de pessoas com inteligência acima da média, escritores,
pintores, artistas etc.
Traço
na letra D
Embora possa
aparecem em outras letras, pois o que importa é a forma do traço, observei com
maior frequência na letra D minúscula.
Toda escrita
parte de um modelo caligráfico ensinado, a partir isto o escritor ao
estabelecer uma “ligação” com a letra para de forma consciente a escrever tal
modelo, após isto aparece o automatismo e a escrita começa ou não se modificar
por várias razões. Idade por exemplo, o “aparelho” do escritor, por assim dizer
(corpo humano) se modifica ao longe do tempo. Com relação a isto é possível
lembrar que na alguns alunos gostam mais de determinada letra em detrimento de
outras.
A escrita
se modifica muito mais de maneira inconsciente do que consciente dentro das
espécies grafológicas.
Toda vez
que tentamos mudar determinados traços em nossa escrita, temos, ante de tudo que
exercer a vontade, todavia de forma inconsciente o traço retorno quase que se
imediato após o primeiro treinamento. Aqui convém lembrar Pulver: o consciente
escreve, o inconsciente dita.
Michon foi
o primeiro a descrever este traço. Descrito no livro, Les Mystères de
l'écriture: art de juger les hommes sur leurs autografes. A. Desbarrolles et
Jean-Hippolyte Michon.
Formação
do traço
O traço
é executado em somente um impulso. A letra D é simplificada, a oval praticamente
desaparece, é por assim dizer aberta.
O traço pode
ter origem na zona superior ou inferior, mas na quase totalidade das vezes começa
na zona média.
A zona média é a que representa o ego, o
escrito parte para se elevar para a superior.
Interpretação geral Zona Média:
- esfera da autoestima
- emotivo-sentimental
- sentido comum
- comportamento social
- adaptação à realidade
- vida cotidiana
- ego
- zona dos conflitos
- realidade
- presente
A interpretação, homens de seu tempo. O egocentrismo
não deixa de estar presente, todavia existe forte deslocamento libidinal para a
zona superior.
A
necessidade de expansão manifesta-se no espaço (Pulver), depende da maneira
como nos expandimos (ou contraímos). O alargamento(vertical) mostra as
necessidades de acordo com a zona para que se dirige, como o traço para a zona
superior.
O traço
final lançado para zona superior
Trata-se
de um gesto de extensão, o movimento do traço também se realiza no plano
sagital, todavia de baixo para cima. Afasta-se do corpo. A extensão pode ocorrer
quando determinados traços (letra g, por exemplo) voltam para a posição
anatômica inicial. Disto resultam diversas interpretações, este “jogo” de
movimentos flexão/tensão resulta na elasticidade do traço.
Todavia ao
terminar o traço a caneta de lança de “forma imaterial” para cima, ou seja,
para o infinito. O autor do grafismo literalmente solta as rédeas da
imaginação. Não existe mais a presença material do traço, imaginação está
solta.
No
traços de extensão o escritor se afasta com corpo, o pensamento fica livre ada amarras
do mundo físico.
Interpretação geral da
Zona Superior:
Ø
esfera das ideias
Ø imaginação,
razão, consciência
Ø
intelecto, aspirações individuais
Ø
projetos utópicos, fuga da realidade
Ø
imaginação, fantasia
Ø
pensamento abstrato, capacidade criadora
Ø
idealismo, projetos utópicos e misticismo
Ø
Deus, anjos, impulsos divinos, céus
Ø
topo, alto, cume, estar em cima
Ø
consciência individual
Ø
estrutura da individualidade e espiritualidade
Ø
ética, religiosidade.
Observe as características descritas acima. O deslocamento do traço para a zona superior, mostra como interpretava a genialidade que Michon atribuía ao traço.
No livro (Système de graphologie, (1875),
o abade Michon assinala a equação "curva = suavidade", ou, mais
exatamente, "qualquer curva é um gerador de gentileza".
Isto continua
válido até os dias de hoje.
Mais
tarde irá afirmar que e "qualquer curva é um gerador artístico”. Alguns
sinais estudados por Michon exemplificam de maneira magistral suas teorias,
como por exemplo a letra o D lírico, indicativo de criatividade.
Basta
refletir um pouco, para criar o autor necessita de “soltar” as rédeas da
imaginação, a tensão do ângulo certamente é contrária a isto.
Sem levar em maiores considerações, o traço é sinestrógiro, com início progressivo e no final levemente regressivo.
Conclusão
Existe
algumas variações que vou mostrar ao longo do tempo.
Trata-se
de um traço marcador ou catalizador de altíssima qualidade que específica
o escritor e o individualiza da média das pessoas.
A escrita
tende a ser desligada, combinada, o que amplia o nível de intuição.
O traço
é raro, praticamente isento em crianças. Ocorre geralmente em pessoa com
cultura acima da média, artistas, arquitetos, pessoas ligadas a arte,
humanistas etc.
Paulo
Sergio de Camargo
Grafologia
- Linguagem Corporal
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