Grafologia, jazz, xadrez, movimentos etc.
Como ser um bom grafólogo.
Prólogo
Há anos
coloco alguns posts no Facebook e adjacências, são filmes pequenos, clipes etc.
Outras vezes postos algumas fotos de bailarinas ou animais caminhando. Digo que
é uma aula de grafologia.
Ao escrever:
- “Se
você não acha que isto é uma aula de grafologia, você não é grafólogo.”
Talvez,
seja um exagero e certamente talvez seja, mas existe um fundo de verdade.
Estudar somente grafologia e não analisar a escrita dentro de um contexto
social, universal etc., não faz do profissional um mal grafólogo, ao contrário.
Todavia tira dele o potencial de ser muito, muito, mais... infinitamente
melhor.
Ao
estudar as mais variadas técnicas de dança, o grafólogo começa a compreender o
movimento expressivo em sua totalidade. Não por outra Allport e Vernon em seus
estudos sobre os movimentos expressivos, na Universidade de Harvard; relacionam a grafologia, a dança, ao
caminhar, falar etc.
Para
Pulver:
-O grafólogo é um tradutor de movimentos.”
Então,
temos que estudar movimentos, qualquer que seja, pois eles são a “alma da
escrita”.
Não só
movimento, muitas coisas mais. Inclusive a Teoria do Caos. E o que a Teoria do
Caos tem com a grafologia? Este é um artigo para depois.
Voltemos
ao título deste artigo. (no final cito as fontes do artigo)
Martim
Vasques da Cunha, escreve no Estadão do dia 03 Junho 2017, que o músico francês
Pierre Boulez escreveu no ensaio Alea que busca pela verdadeira surpresa, não por meio do “acaso por inadvertência” ou “por automatismo”, e sim numa absorção
espontânea do aleatório que faria a obra de arte superar o intelecto e provocar
uma comunicação intuitiva que permitiria ao espectador entender a intenção
original do artista.
Na
interpretação da escrita, além da palavra surpresa (a intepretação da
personalidade muitas vezes nos surpreende), poderia acrescentar ou trocar pelas
palavras “descoberta e/ou intepretação”.
Tente fazer disto um link com a
grafologia.
Vamos
mais adiante:
Quando
jovem, Kubrick preocupava-se somente com três atividades que envolviam o acaso:
o xadrez, o jazz e a fotografia. Para Kubrick, o que lhe interessava no xadrez
era o cálculo das probabilidades, dentro de uma determinada estrutura (o
tabuleiro e as peças), e como ele poderia surpreender a si mesmo em uma
situação inusitada.
O jazz
atingia níveis extremos de improvisação, mesmo determinada pelas notas ou
acordes, o que lhe permitia perceber o instante mágico em que ficava nítida a
ousadia do compositor. E, na fotografia, a procura pelo “momento decisivo”
(termo de Henri Cartier-Bresson) no gesto ou olhar de uma pessoa era similar à
busca da “verdadeira surpresa” de Boulez.
Então o
que faz o grafólogo:
As possibilidades
de combinação entre gêneros e espécies são infinitas. Agregue a isto a evolução
da escrita com o surgimento de novos traços, novas formas etc.
O grafólogo
necessita pensar nas possibilidades que estas combinações trazem. Não por outra
que uma das chaves dos principais mestres em obras são estas combinações. Vive
Jamin, Moretti, Klages, Pulver, Xandró, Tutussaus, Vels etc.
A
grafologia pode e deve utilizar a estatística como ferramenta, mas não com a
frio cálculo matemático que desejam alguns teóricos, e sim com instrumento de
interpretação e reconhecimento que existe algo mais para ser interpretado na
avaliação dos números. Sem isto ficamos
no “acaso por inadvertência” ou “por automatismo”, proposto por Pierre
Boulez.
O que é
a escrita senão um conjunto de movimentos que nunca se repetem. Jamin dizia que
a escrita totalmente mecânica é contra a natureza humano. Como no jazz a consecução
dos movimentos e a improvisação são constantes. Disto teremos as mais incríveis
variações, mas como no jazz, existem bom e péssimo instrumentistas. A escrita
vai mais além, muito mais. Estudar e escutar jazz é entender a mas susceptíveis
variações de ritmo, compasso, harmonia etc. Tudo isto não é tão novo assim, o
grafólogo francês Raymond Trillat já elabora isto em seus estudos.
O métodoTrillat é pontos muito curiosos de vista a considerar. Desde a observação que
ele chama de "quatro planos simultâneos no ato de escrever" a
letra, palavra, linha e de página, a partir do estudo da margem central para os conceitos de ritmo,
melodia e harmonia. Uma contribuição muito rica, honestamente. Fernando F.
Ruiz.
A
dimensão na interpretação da escrita, vai além da “fotografia”, fica ancorada
no movimento, na sua interpretação; contudo vai além disto temos o traço, o
espaço e a forma.
Como a
forma é inserida o espaço, como o movimento se ajusta a forma e ao espaço, como
modificam o traço e o traçado.
Não por
outra que uma de minhas aulas de grafologia é um casal de bailarinos dançando
tango em um tablado de três metros quadrado. O movimento rápido, a forma dos
corpos e uso do espaço nos remete ao outro casal dançando tango em uma calçada
em Buenos Aires.
Não
precisa ser grafólogo para entender que a dança é o tango, mas que os movimentos
expressivos totalmente diferentes, embora algumas vezes a intenção é que sejam
os mesmos.
Na
escrita ocorre o mesmo, a página é a mesma, o movimento, o espaço, o traço e a
forma, embora muitas vezes parecidos, nunca são os mesmos: são movimentos
expressivos totalmente diferentes. Cabe o grafólogo interpretar isto. E nada
com estudar jazz, xadrez e movimento para a melhor compreensão da escrita.
Veja também:
http://www.grafoanalisis.com/ELSIMBOLISMODELESPACIO_GAUTHIER.htm
http://alias.estadao.com.br/noticias/geral,como-stanley-kubrick-usou-o-acaso-e-o-imprevisto-em-seus-filmes,70001823823
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Paulo Sergio de Camargo
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