Grafologia forense é o ramo da grafologia que estuda a personalidade de criminosos por meio de sua escrita. Está é uma definição simplificada.
Para que o grafólogo se especialize nisto são necessários conhecimentos de psiquiatria, direito, medicina legal, criminologia etc. Além de vasto conhecimento de grafologia no que diz respeito as escritas de criminosos.
A grafologia forense é aceita em muitos países e maneira oficial, como na Espanha, Argentina e Itália. No Brasil os trabalhos nesta aera são praticamente escassos.
Odette Serpa Loevy fez intensas pesquisas com escrita de criminosos no Carandiru. Alguns grafólogos pesquisaram a escrita de criminosos, mas sem resultados consistentes.
De nossa parte temos centenas de escrita de presidiários e há anos estudo os mais diversos traços. Contudo ainda são necessários mais pesquisas para que os resultados se mostrem confiáveis.
Para o grafólogo, as escrita mostradas pela mídia no Brasil tem muito mais objetivo de chamar a atenção, contudo muitas vezes pouca qualidade no que diz respeito a pesquisa científica.
O grafólogo ao avaliar a escrita de criminosos (ou prováveis), deve levar em conta três fatores principais:
- Aparecimento de poucas características gráficas ou subjetivas. Isto não permite ao grafólogo qualquer tipo de conclusão. Características de personalidade nem sempre pode se concluir capacidade de cometer um crime.
- Traços gráficos que nos mostram indícios de potencial para determinados atos. Contudo eles nem sempre podem ser concretizados.
- Características gráficas consistentes e altamente relevantes que levam a concluir que existe potencial para cometer determinado delito.
Em todos os casos o grafólogo deve ser isento e não realizar prognósticos. No último caso deve trabalhar com “perspectiva de prognóstico”.
Observações
Especialmente no terceiro caso o grafólogo deve encontrar nos gêneros e nas espécies as características que o levem a conclusão final. Pelo menos um gênero deve estar em discordância; pressão forte, fraca – lenta e rápida etc.
Normalmente três ou quatro espécies se destacam para que o perfil seja executado com precisão.
Além das espécies (ou gêneros); os traços individuais devem aparecer em quantidade significativa. Ou seja, por exemplo, no caso da “unha do criminoso”; deve estar presente no mínimo três vezes; mas sempre acompanhadas de outros traços ao longo da escrita. São significativos quando aparecem mais de quatro sinais diferentes (arpão, mitomania, unha do criminoso; ovais aberta embaixo; por ex.)
Ao longo do texto devem aparecer algumas “Palavras Reflexas”; elas são fortes indícios da situação da pessoa, especialmente do momento em que vive. De certa maneira podem “entregar” o escritor.
É lógico que estamos falando principalmente no terceiro caso; pois nos anteriores muitas vezes fica difícil, senão impossível de realizar qualquer conclusão.
Com isto no próximo artigo vamos analisar a escrita do casal acusado de matar a menina Isabella.