segunda-feira, abril 21, 2008

GRAFOLOGIA FORENSE - Parte I

Grafologia forense é o ramo da grafologia que estuda a personalidade de criminosos por meio de sua escrita. Está é uma definição simplificada.
Para que o grafólogo se especialize nisto são necessários conhecimentos de psiquiatria, direito, medicina legal, criminologia etc. Além de vasto conhecimento de grafologia no que diz respeito as escritas de criminosos.

A grafologia forense é aceita em muitos países e maneira oficial, como na Espanha, Argentina e Itália. No Brasil os trabalhos nesta aera são praticamente escassos.
Odette Serpa Loevy fez intensas pesquisas com escrita de criminosos no Carandiru. Alguns grafólogos pesquisaram a escrita de criminosos, mas sem resultados consistentes.

De nossa parte temos centenas de escrita de presidiários e há anos estudo os mais diversos traços. Contudo ainda são necessários mais pesquisas para que os resultados se mostrem confiáveis.
Para o grafólogo, as escrita mostradas pela mídia no Brasil tem muito mais objetivo de chamar a atenção, contudo muitas vezes pouca qualidade no que diz respeito a pesquisa científica.

O grafólogo ao avaliar a escrita de criminosos (ou prováveis), deve levar em conta três fatores principais:
  1. Aparecimento de poucas características gráficas ou subjetivas. Isto não permite ao grafólogo qualquer tipo de conclusão. Características de personalidade nem sempre pode se concluir capacidade de cometer um crime.
  2. Traços gráficos que nos mostram indícios de potencial para determinados atos. Contudo eles nem sempre podem ser concretizados.
  3. Características gráficas consistentes e altamente relevantes que levam a concluir que existe potencial para cometer determinado delito.

Em todos os casos o grafólogo deve ser isento e não realizar prognósticos. No último caso deve trabalhar com “perspectiva de prognóstico”.

Observações
Especialmente no terceiro caso o grafólogo deve encontrar nos gêneros e nas espécies as características que o levem a conclusão final. Pelo menos um gênero deve estar em discordância; pressão forte, fraca – lenta e rápida etc.
Normalmente três ou quatro espécies se destacam para que o perfil seja executado com precisão.
Além das espécies (ou gêneros); os traços individuais devem aparecer em quantidade significativa. Ou seja, por exemplo, no caso da “unha do criminoso”; deve estar presente no mínimo três vezes; mas sempre acompanhadas de outros traços ao longo da escrita. São significativos quando aparecem mais de quatro sinais diferentes (arpão, mitomania, unha do criminoso; ovais aberta embaixo; por ex.)
Ao longo do texto devem aparecer algumas “Palavras Reflexas”; elas são fortes indícios da situação da pessoa, especialmente do momento em que vive. De certa maneira podem “entregar” o escritor.
É lógico que estamos falando principalmente no terceiro caso; pois nos anteriores muitas vezes fica difícil, senão impossível de realizar qualquer conclusão.

Com isto no próximo artigo vamos analisar a escrita do casal acusado de matar a menina Isabella.