sábado, março 29, 2008

NOVOS TRAÇOS I

Sem entrar em maiores considerações, desde o início da grafologia, especialmente como Michon; dezenas de traços começaram a ser estudados.
Os traços mais visíveis, como por exemplo: arpões; espirais; arcadas etc.; sempre fizeram a alegria do grafólogo iniciante e dos menos desavisados. Até os dias atuais existem “curso de grafologia avançado” que ensinam a interpretação destes sinais.
Não existe nada errado em estudá-los, contudo ao longo do tempo, o estudo isolado destes sinais e falta de metodologia em sua aplicação acabou resultando em grafologia de farmácia; são aqueles livros com dicionários de letras que passam ao leigo a informação totalmente errônea do que é o processo grafológico.

A grafologia brasileira, exceto por algumas pessoas sérias; acabou sendo mal estruturada e de modo geral não percebeu a evolução da escrita com gesto social, como novos desafios.
Por falta de conhecimento, muitos grafólogos ainda insistem em trabalhar com apenas dois ou três livros; com exemplos oriundos da década de 60.

Insisto em meus artigos, pois a escrita do brasileiro mudou ao longo dos últimos trinta anos e nós estamos trabalhando com exemplos espanhóis e franceses; das décadas de 40, 50, e 60. A maioria deles refletia a visão de mundo pós-guerra do continente europeu.

Os livros de grafologia franceses da década de 60 estão plenos das definições psicanalíticas que mostravam a debate ideológico do país. Aqui não existe valorização de juízos, de certo ou errado, é uma constatação.

Assim a grafologia praticada nunca foi brasileira em sua verdadeira essência. Até que Odette Serpa Loevy e a Dra. Cacilda Cubas Santos trazem no livro “Grafologia” Ed. Sarvier; exemplos de escritas brasileiras. Mesmo com a limitação dos grafismos; (em muitos casos, duas letras ou duas palavras como amostras) deram importante passo para a grafologia se “tornar brasileira”.

Na segunda parte deste artigo, vamos falar dos novos sinais e dos dinossauros grafológicos que muitos grafólogos e grafólogas insistem em dizer que estão vivos.

grafonauta@br.inter.net