terça-feira, junho 14, 2016

As mulheres e os felinos.



Isto não é uma crônica propriamente  dita.
Quando as meninas nascem, inicialmente são chamadas pelos pais de princesinhas.
Trata-se de um título horrível, essas princesinhas entre aspas jamais serão rainhas, especialmente no mundo de hoje.  Isto sem contar que os pais vestem as meninas com os vestidos de princesas, aquela cor “rosa pobrinho”. 
Tudo bem se fosse o fim de linha, mas não, algumas já na casa dos vinte ainda pedem para os namorados o batom da "Princesa Fulana" da Disney.

Depois algum tempo recebem, ai sim, com título de GATINHA, começam a fazer por merecer, pois realmente se comportam como tal.
Resumindo então: gatinha é o primeiro e merecido título de felina que as mulheres recebem.

Como o passar do tempo e já entrando na adolescência ainda são chamadas de gatinha e depois gatas.
Algum tempo aparece a próxima condecoração: gatona. 

Definiremos GATONA como uma gata maior capaz de comandar e fazer aquilo que bem entende.  Neste ponto em especial, mas também nos outros, a gatona é capaz de mostrar suas unhas.  
Tudo no plano do simbolismo, quando as amigas a avaliam "pronta para o crime", exclamam: 
- Tá fera!

Um grande especialista em felinos definiu a GATONA não pelo tamanho, mas sim pelas unhas e o prazer quase inefável de usar dois números a menos no vestuário. Não sei se é verdade, mas fica aqui o registro.
Aqui também aparece o título GATOSA. Talvez uma mistura inconsciente de gata e ... deixa pra lá. O nome fala per si.

Tudo isto sem contar que com o nome das felinas vem o adjetivo: gatinha manhosa é o mais manjado,  fica até sem graça usar, mas usam.

Depois de algum tempo acontece a promoção, se é que podemos chamar promoção, a gata vira gatona e vira PANTERA.
A pantera é algo mais... muito mais. Se você ver uma pantera na rua e eu tiver que explicar o termo pantera não iria adiantar de nada, porque você vai entender.

Sem mais nem menos, os estilistas usam e abusam dos motivos de felinas nas roupas, sapatos,
vestuários, capas lingeries...  etc e etc.  

A fase em que o simbolismo se amplia é a da ONÇA.
“Uma verdadeira onça.” “Ficou uma onça.” “Vem cá minha oncinha.”
Noves fora os maridos frustrados acrescentam o termo DONA ONÇA.

No dicionário das mulheres felinas: “Dona onça lá em casa.”, é traduzido por: Homem que se pela de medo da mulher.

Talvez TIGRESA acrescente as mulheres a realeza que não conseguiriam com o termo princesinha. 
Sem esquecer que existe em quase todos os termos um perfume indelével de feminilidade. 

Por fim, se é que as felinas tem fim. Existe a Leoa.
Mulheres que se transformam numa verdadeira Leoa para defender ou ajudar a família, os filhos, as pessoas e muitas vezes até mesmo os maridos.

Mais charmoso e verdadeiro impossível. (Não é Dona Elvira.)


Nenhum comentário: