A Naja
Há anos falo da necessidade dos grafólogos de
colocarem nomes nos traços. Criamos um verdadeiro zoológico grafológico. A
grande vantagem da grafologia em relação às espécies existentes em nosso
planeta é que nesta as descobertas são frutos de milhões de anos de evolução.
Na grafologia a possibilidade do aparecimento de novos e interessantes traços é
quase diária.
Dei o nome de Naja a este interessante traço que existe na língua portuguesa.
No inglês e espanhol não existe este tipo de traço.
Frederico Kozin em seu livro Noções de Grafologia, 1957. Descreve
este traço: página 53, sexta lição:
Formas e grau de ligação.
Fala em inteligência e capacidade de ligar associações distantes. Escreve
que observou estes traços em “psicanalistas profissionais”, mas também com
significação negativa na grafia dos sofísticos. (a linguagem é a do livro.)
Nos meus estudos chamei o traço de Naja, devido a postura da
serpente.
O estudo de novos traços precisa se enquadrado dentro de uma ou
mais espécies. Quanto mais espécies o traço vier acompanhado, melhor e mais
intensa será sua interpretação.
A Naja se enquadra na espécie Progressiva-Regressiva; mas também é
um traço combinado por excelência. Muitos traços se incluem no estudo da Curva,
todavia que outros são mais angulosos. Quando o final é realizado em arpão o
significado se amplia.
Teoricamente como se trata de um gesto final é mais inconsciente,
especialmente porque muitas vezes está entre uma palavra e outra.
Escrita combinada
Sinal evidente de agilidade e de atividade mental, com lucidez de
espírito e assimilação profunda, atividade criadora e facilidade em traçar
hipóteses, fluidez de ideias e fácil elaboração de pensamento, costume de
resumir e elaborar ideias, evolução espiritual, intelectual, percepção do mundo
e das coisas que o rodeiam, iniciativa e superioridade moral, pensamento claro,
inteligência superior, originalidade, capacidade de criar e transformar fatos
ou acontecimentos, inteligência crítica, observações sagazes e necessidade de
gerar coisas para seu próprio uso, necessidade de ser diferente.
Intriga e astúcia, inquietação, imprecisão, excesso de vivacidade,
fadiga intelectual (Vels). Fraqueza, precipitação na forma de fazer deduções.
Progressiva-regressiva
No que diz respeito a escrita progressiva-regressiva estudei este
traço como um reflexo de nossa sociedade. Ao mesmo tempo em que desejamos ir ao
encontro dos demais, nos fechamos com grades em casas e condomínios etc.
Andamos pelas praças e avenidas com as mãos nos bolsos e nas bolsas. Defesa e
ataque prévio.
Como a escrita é um gesto social então o traço da Naja se tornou
comum a partir da década de 80. Nos escritos da primeira metade do século XX
eram raros por assim dizer e creio que estavam mais associados a inteligência
do autor.
Hoje é um traço que assinala antes de tudo, pragmatismo e
agilidade. Simplificação para atuar diante de todos, ao mesmo tempo em que se
torno defensivo.
Orientação progressiva ou dextrógira
Os movimentos gráficos se dirigem para a frente, sem qualquer
esforço, e são executados de maneira espontânea. A massa gráfica avança o papel
naturalmente, Com melhor economia dos movimentos. O sentido dos traços é
executado da esquerda para a direita.
Foi descrita pela primeira vez pelo Dr. J.Héricourt, no Bulletin
de la Société e Psychologie physiologique, em 1897; no qual chama a atenção
sobre o caráter diferencial das escritas que têm os traços dirigidos para a
esquerda e para a direita. Pierre Humbert prefere usar os termos progressiva e
regressiva em detrimento da denominação de Héricourt.
Para Jamin, a progressiva é a síntese das escritas: curva,
centrífuga, combinada, ligada, acelerada, simples, simplificada e sóbria, em
suas manifestações mais afortunadas.
São características da escrita progressiva:
• Predomínio das curvas,
ligações e aberturas das ovais.
• Escrita inclinada,
pressão em relevo, rapidez.
• Pequenas desigualdades.
• Margem esquerda
crescente.
Inteligência (Héricourt). Atividade, imaginação, atenção,
facilidade de adaptação e clareza de intenções, resposta enérgica e constante
aos estímulos, habilidade para trabalhar com estímulos múltiplos ou de
diferentes origens, necessidade de contatos físicos e espirituais, socialização
das tendências, instintos e necessidades, orientação da vida para o mundo,
extroversão.
Necessidade de doar, desinteresse, bondade, benevolência,
“altruísmo”, compaixão, “adaptação”, “amor ao próximo”. Vontade débil, falta de
independência, irresolução, influenciabilidade. (Klages) (Trechos do livro Grafologia
Expressiva.Ed. Ágora)
Traço curvo: Quanto termina em arpão a defensividade se faz com
tensão, agressividade. Capacidade e defender seus pontos de vista de modo ameno,
todavia que se apega a eles de modo intenso, portanto não deseja mudar.
Traço anguloso: Fortes apegos às ideias. Agressividade para
defender seus pontos de vistas. Intransigência prévia, não quer aceitar o que
os demais propõem.
Paulo Sergio de Camargo
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