quinta-feira, julho 10, 2008

Grafologia ou Grafoanálise

Muitos grafólogos no Brasil ministram cursos de Grafoanálise e se dizem Grafonalistas. A maioria talvez desconheça por completo o significado dos termos.

Vamos esclarecer:
No Exterior
O termo “Graphoanalysis” foi criado pelo americano Milton N Bunker; é patenteado no EUA e privativo dos membros dos IGAS; International Graphoanalysis Society.
O sistema foi criado com a American Grapho Analysis Society no ano de 1929.
Desta forma não pode ser usado sem a permissão dos detentores dos direitos autorais.

No ano de 1949, o Professor Espanhol Augusto Vels, criou na Espanha um interessante sistema de grafologia no qual deu o nome de Grafonálisis.
Apesar do nome é totalmente diferente daquele proposto por Bunker nos EUA. O método aparece em vários livros do mestre espanhol; contudo, ao que se sabe, não é utilizado por grafólogos brasileiros, pois necessita de um Sof e trabalha com percentagens complexas.

No Brasil
Inicialmente Agostinho Minuccuci, brilhante grafólogo já falecido; reenvindicou a criação do nome Grafoanálise. Todavia o seu livro GRAFOANÁLISE: A Nova Abordagem da Grafologia. Ed. Atlas; é uma boa compilação dos métodos de grafologia utilizados em todo o mundo.

Há anos recebi uma educada carta do grafólogo Edison Bellintani; nele acompanhava o livro “Análise Grafo-Escritural”.; Ed. Personalística; 1980. Nele o autor “cria” o termo GRAFO-ANÁLISE. Junto vinham algumas correspondências de Agostinho Minuccuci (ético como sempre) reconhecendo a criação do termo ser anterior.
O livro de Bellintani é bem preciso, mas um estudo de grafologia jaminiana, sem nada com grafoanálise.

Este fato é muito comum quando pessoas pesquisam de forma isolada; não havendo por parte dos envolvido qualquer tipo de imitação, apenas criaram o termo de forma distinta.

Conclusão:
O termo grafoanálise é patenteado nos EUA. Ao que se sabe os grafólogos brasileiros que se dizem Grafoanalistas e realizam cursos de Grafoanálise; ficam apenas no nome. A quase totalidade usa partes do método jaminiano com noções de Pulver e Klages.

Talvez não exista nada errado; apenas a terminologia empregada é bastante imprecisa.