segunda-feira, agosto 31, 2015

O traço em forma de Naja.

A Naja

Há anos falo da necessidade dos grafólogos de colocarem nomes nos traços. Criamos um verdadeiro zoológico grafológico. A grande vantagem da grafologia em relação às espécies existentes em nosso planeta é que nesta as descobertas são frutos de milhões de anos de evolução. Na grafologia a possibilidade do aparecimento de novos e interessantes traços é quase diária.


Dei o nome de Naja a este interessante traço que existe na língua portuguesa. No inglês e espanhol não existe este tipo de traço.
Frederico Kozin em seu livro Noções de Grafologia, 1957. Descreve este traço:  página 53, sexta lição: Formas e grau de ligação.
Fala em inteligência e capacidade de ligar associações distantes. Escreve que observou estes traços em “psicanalistas profissionais”, mas também com significação negativa na grafia dos sofísticos. (a linguagem é a do livro.)

Nos meus estudos chamei o traço de Naja, devido a postura da serpente.
O estudo de novos traços precisa se enquadrado dentro de uma ou mais espécies. Quanto mais espécies o traço vier acompanhado, melhor e mais intensa será sua interpretação.
A Naja se enquadra na espécie Progressiva-Regressiva; mas também é um traço combinado por excelência. Muitos traços se incluem no estudo da Curva, todavia que outros são mais angulosos. Quando o final é realizado em arpão o significado se amplia.
Teoricamente como se trata de um gesto final é mais inconsciente, especialmente porque muitas vezes está entre uma palavra e outra.


Escrita combinada
Sinal evidente de agilidade e de atividade mental, com lucidez de espírito e assimilação profunda, atividade criadora e facilidade em traçar hipóteses, fluidez de ideias e fácil elaboração de pensamento, costume de resumir e elaborar ideias, evolução espiritual, intelectual, percepção do mundo e das coisas que o rodeiam, iniciativa e superioridade moral, pensamento claro, inteligência superior, originalidade, capacidade de criar e transformar fatos ou acontecimentos, inteligência crítica, observações sagazes e necessidade de gerar coisas para seu próprio uso, necessidade de ser diferente.
Intriga e astúcia, inquietação, imprecisão, excesso de vivacidade, fadiga intelectual (Vels). Fraqueza, precipitação na forma de fazer deduções.


Progressiva-regressiva
No que diz respeito a escrita progressiva-regressiva estudei este traço como um reflexo de nossa sociedade. Ao mesmo tempo em que desejamos ir ao encontro dos demais, nos fechamos com grades em casas e condomínios etc. Andamos pelas praças e avenidas com as mãos nos bolsos e nas bolsas. Defesa e ataque prévio.
Como a escrita é um gesto social então o traço da Naja se tornou comum a partir da década de 80. Nos escritos da primeira metade do século XX eram raros por assim dizer e creio que estavam mais associados a inteligência do autor.
Hoje é um traço que assinala antes de tudo, pragmatismo e agilidade. Simplificação para atuar diante de todos, ao mesmo tempo em que se torno defensivo.


Orientação progressiva ou dextrógira
Os movimentos gráficos se dirigem para a frente, sem qualquer esforço, e são executados de maneira espontânea. A massa gráfica avança o papel naturalmente, Com melhor economia dos movimentos. O sentido dos traços é executado da esquerda para a direita.
Foi descrita pela primeira vez pelo Dr. J.Héricourt, no Bulletin de la Société e Psychologie physiologique, em 1897; no qual chama a atenção sobre o caráter diferencial das escritas que têm os traços dirigidos para a esquerda e para a direita. Pierre Humbert prefere usar os termos progressiva e regressiva em detrimento da denominação de Héricourt.
Para Jamin, a progressiva é a síntese das escritas: curva, centrífuga, combinada, ligada, acelerada, simples, simplificada e sóbria, em suas manifestações mais afortunadas.
São características da escrita progressiva:  
•   Predomínio das curvas, ligações e aberturas das ovais.
•   Escrita inclinada, pressão em relevo, rapidez.
•   Pequenas desigualdades.
•   Margem esquerda crescente.
Inteligência (Héricourt). Atividade, imaginação, atenção, facilidade de adaptação e clareza de intenções, resposta enérgica e constante aos estímulos, habilidade para trabalhar com estímulos múltiplos ou de diferentes origens, necessidade de contatos físicos e espirituais, socialização das tendências, instintos e necessidades, orientação da vida para o mundo, extroversão.
Necessidade de doar, desinteresse, bondade, benevolência, “altruísmo”, compaixão, “adaptação”, “amor ao próximo”. Vontade débil, falta de independência, irresolução, influenciabilidade. (Klages) (Trechos do livro Grafologia Expressiva.Ed. Ágora)

Traço curvo: Quanto termina em arpão a defensividade se faz com tensão, agressividade. Capacidade e defender seus pontos de vista de modo ameno, todavia que se apega a eles de modo intenso, portanto não deseja mudar.

Traço anguloso: Fortes apegos às ideias. Agressividade para defender seus pontos de vistas. Intransigência prévia, não quer aceitar o que os demais propõem.



Paulo Sergio de Camargo
Grafologia - Linguagem Corporal
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