segunda-feira, agosto 14, 2006

Vamos observar a escrita de Suzanne:

Partindo do princípio:
1. De que já conhecemos a pessoa; ouvimos muitas informações desencontradas e podemos estar contaminados por isto.

2. Não devemos acreditar naquilo que a imprensa diz e tudo que ouvimos.


Sabedor disto:

1. Primeiramente tentei observar se a escrita não é Desconcertante.

Em 1989 Augusto Vels publicou um interessante artigo na Revista da AGRUPACIÓN DE GRAFOANALISTAS CONSULTIVOS DE ESPANA.
AGC. Boletim número 05 - Las escrituras desconcertantes. (A. Vels)

Não se trata da escrita Discordante. Esta é outra teoria da grafologia.

As teorias não são de Vels; mas o artigo praticamente - ao que me consta - introduz na Espanha o estudo deste tipo de escrita.
Antes ele já havia citado no livro "Manual de Grafoanálisis" de 1983.
O tema é abordado no livro: "Grafologia de A la Z" Editora Herder. D02 - PÁG. 118.

Jamin já avisava no livro “ABC da Grafologia” que determinadas escritas poderiam mostrar exatamente o contrário daquilo que observamos na primeira vista.
E citava o exemplo de depressivos cuja escrita era ascendente.

Vels cita que "una escritura regular y metódica puede dar fallos de adaptación; una escritura dessigual.,más o menos desordenada y imprecisa puede, en determinados casos, pertenecer a sujetos eficaces en su trabajo..."


2. Logo depois tentei montar a síndrome da escrita:
Neste estudo o que mais se aproximou foi Síndrome de Inadaptação de Robert Olivaux .
Livro “L’analyse graphologique- Masson.

Relata a Impessoalidade gráfica e como ela manifesta-se na escrita:
- Não apresenta simplificações, nem combinações e é pouco progressiva, lenta, pode acorrer forte pressão, chega a ser banal.


O livro relata ainda o estudo da “Fixação adolescente” (expansão, rigidez, analisando todos as escritas tipográficas, artificial, cilíndrica, etc.

Aqui já podemos observar claramente algumas características psicológicas.

Inibição
A inibição gráfica é vista através da diminuição da progressão, retoques, contração das letras, espaços interiores das letras etc.

A inibição pode se manifestar através de uma ou duas síndromes. A inibição mais normal é provocada pela emotividade. Uma pessoa emotiva reage a solicitação e relacionamentos interpessoais de diversas maneiras, uns tem tendência a minimizar, outros as exacerbar etc.

A escrita inibida se manifesta por uma diminuição ou interrupção mais ou menos bruscas dos movimentos.

Portanto, divide com o antônimo da escrita dinâmica e sua associada a desigual, o privilégio de afetar todos os modos de expressão do grafismo.
Estas três grandes espécies qualitativas são inseparáveis no pensamento do grafólogo; sua importância é enorme e a sua ação é flexível e constante. (Jamin – ABC da Grafologia).
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De outra maneira – uma espécie de inibição não constitui uma escrita inibida; ela resulta da conjugação de muitos signos de inibição e se suas influências recíprocas. O deslocamento da pressão é uma reação a inibição.

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A inibição deveria ser um meio de dominar-se, não de se sujeitar. (Jamin)
Conceito de si: exprime-se pela linha de base e verticalidade das letras, pressão nos pontos e acentos e outros detalhes que assinalam uma vigilância ativa.

Como resumo:
A Síndrome de inibição que se manifesta através da soltura ou contração do gesto permite observar inibições de ordem afetiva.

Talvez seja esta a primeira interpretação feita pelo grafólogo.


- Vejamos de modo mais intenso a Síndrome da Impessoalidade.

Impessoalidade
A tendência de nossa escrita é evoluir à partir de um modelo escolar, entretanto algumas pessoas mantém um tipo de escrita chamada de impessoal, que é aquela nas quais as qualidades gráficas não evoluem, parecem estagnadas no tempo.
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Indica entre outras características compensações e defesas pessoais.



3. A Pressão.
Embora nesta amostra seja quase impossível avaliar deste modo a escrita com está.
É na pressão que podemos desvendar as características mais profundas da personalidade. No estudo do traço.

Volto depois.