quarta-feira, janeiro 06, 2010

Unha do criminoso IV parte


É comum em pessoas que procuram “carinhos negativos”; ou seja, provocar os demais para obter e responder os estímulos que enviou. Mas como faz isto de forma complexa e agressiva; quando recebe o retorno, seu estado de prontidão está ligado a emitir respostas agressivas e desproporcionais.


Assim; desta forma, conseguem por algum tempo, aliviar suas tensões e as ansiedades relacionadas com culpa; pois por alguns momentos ficam totalmente envolvidas e focadas somente naquilo que estão fazendo. O alívio é apenas momentâneo, pois certamente voltará a realizar tudo como antes; basta qualquer pausa para “recarregar as baterias” no estado de tensão anterior.


Os traços são observados nas zonas inferiores e médias. Outros traços conexos colaboram com a finalização do perfil. Ângulos agudos de Moretti na base; arpões iniciais; angulosa.


A curva
Como a curva é um gesto ameno, depois da tensão feita pelo ângulo, existe a tentativa de relaxamento, ainda que aparente.


Portanto muitas vezes, contra a própria natureza, a pessoa tenta agradar aos demais de modo artificial e pouco espontâneo, para tal surge o sentimento de baixa-estima; principalmente se os traços forem na assinatura e a mesma for diferente do texto.

O sentimento de inferioridade pode ser notado. Assim, mesmo com o traço presente na escrita, a pessoa muitas vezes de mostra amena, dócil nas entrevistas; trata-se de uma fachada que pode durar longos períodos de tempo – basta que as circunstâncias sejam favoráveis.

Pela falta de assertividade que o sinal apresenta, o escritor não sabe dizer não, cede para evitar conflitos e tende a fazer aquilo que os outros desejam; mesmo que de forma simulada.
Quanto mais frouxa for a pressão na escrita, mas fácil a pessoa tende a se tornar alvo dos demais e aceitar tudo que impõem a ela. Trata-se de uma forma de submissão. A incapacidade de dizer “não” está relacionada com a culpa e a vontade de expiá-las; mesmo que de forma espúria.



Em formas mais amenas. Prontas respostas; certa dissimulação.



Na letra d
Quando ocorre na letra d; o grafólogo precisa interpretar o sinal de acordo com a forma; muitas vezes ao começar pela zona superior trata-se da escrita suspensa ou inacabada de acordo com a projeção do traço no grafismo. Portanto teríamos aqui deficiências na continuidade da escrita.
Os traços inacabados podem ocorrer no início da palavra, no meio e no fim, sendo que em cada caso as interpretações sofrem pequenas mudanças.
Torna-se inacabada quando a curva se completa e faz a volta; ou seja, completa a metade da oval.
Interpretação; indecisão antes de iniciar as atividades. No meio das palavras: Inseguro durante o desenvolvimento de suas atividades. No final das palavras; Insegurança para saber se aquilo que realizou é certo ou não. Falta de precisão, pressa, visão superficial, pouca profundidade naquilo que realiza, mentira; insinceridade defensiva etc. Incapacidade para responder os estímulos de forma completa. Falta de qualidade no trabalho. Ação sem direção. Indecisão. Inconsistente.

Escrita Suspensa
Os finais suspensos em arcadas são sempre negativos; especialmente os regressivos. Pouca espontaneidade. Desconfiança instintiva. Pudor, prudência nos contatos afetivos, sociais e profissionais. Apreensão diante de novos estímulos ou desafios. Sentimentos delicados. Inibição nos contatos com o exterior. Mentira, dissimulação das intenções. Falta de escrúpulos. Medo, insegurança. Incapacidade de completar de modo adequado aquilo que iniciou.




A forma do traço inacabado é atenuada pela curva. A pastosidade está presente na escrita.


Iniciando debaixo para cima
Neste caso teríamos as escrita ao revés, tal qual citada por Gille-Maisani no livro Psicologia da Escrita; Ed. Pensamento.
Aqui na realizada a interpretação não se distância das outras.
Quando os traços ou letras se formam no sentido contrário do modelo caligráfico. A face mais visível deste tipo de escrita é a inclinação à esquerda no texto.
Gille-Maisani diz que está noção pode ser aplicada a todas as categorias gráficas, sendo assim deve ser considerada uma “espécie qualitativa”.
“Aquela em que pelo menos em um aspecto, é sistematicamente contrária à prática da caligrafia comum.”
Segundo Gille; de acordo com o axioma básico da grafologia, admite-se que a escrita revela sua maneira de viver, a escrever ao revés deve ser interpretada como tendência de agir de modo diferente de todas as outras.
Jamin a considera antônimo da escrita progressiva, já que para nós ocidentais, o gesto gráfico caminha para a direita.
Pulver encontrou escritas reversas em ladrões e vigaristas e escreve que são signos de falsidade.



Neste caso a escrita mostra evidentes sinais na letra s.


Embora existam várias maneiras pelas quais a escrita é reversa na forma, a mais importante é na inversão do movimento da escrita. Para interpretar corretamente temos que relacionar as outras espécies (artificial, regressiva; simplificada, seca, desenhada etc.), isto pode representar desde a originalidade até a bizarrice.
A interpretação se torna negativa de maneira decisiva quando a pressão é invertida. Não só no caso da letra d, mas em todos os demais; mesmo que exista o laço no final; aqui a dissimulação é ampliada de maneira total.

A bibiografia será colocada no final dos artigos.